quarta-feira, 14 de março de 2012

Setor hospitalar investe em ações de sustentabilidade



Redução de consumo de energia, reciclagem de materiais e criação de adubos atóxicos estão entre as iniciativas das instituições para fazer um mundo melhor

Foi-se o tempo em que se ter saúde estava relacionado a não ter nenhuma doença. Cada vez mais buscamos o equilíbrio, o bem-estar e a harmonia de viver em um mundo melhor. Sustentabilidade não poderia ficar de fora das instituições que remetem à saúde. Por isso, cresce o número de hospitais, clínicas e laboratórios que investem em ações de preservação ao meio ambiente.

“As atividades de um parque hospitalar exigem um consumo significativo de energia para suprir as necessidades que se colocam 24 horas por dia, sem finais de semana ou feriados. Os centros cirúrgicos, UTIs e centros de diagnósticos possuem muitos equipamentos indispensáveis, porém, é possível criar soluções criativas que permitam reduzir o consumo e reaproveitar processos”, afirma Flavio Alexandre Álvares, coordenador de sustentabilidade do Hospital Sírio-Libanês.

Os impactos sociais, ambientais e econômicos fazem parte das estratégias do Hospital. Desde 1998, a instituição aplica programas que contribuem também para a geração de empregos diretos e indiretos. “Nos preocupamos com a redução do consumo de insumos (especialmente água, energia e gás) e na reciclagem de resíduos, com ações simples que vão desde a conscientização do público interno, quanto à implantação de tecnologias acessíveis que permitem ganhos ambientais”, detalha o coordenador.

O Sírio-Libanês produz diariamente oito toneladas de lixo, sendo que 63% dos resíduos são comuns. De acordo com Álvares, todo lixo orgânico é segregado, acondicionado em câmaras frias e retirado diariamente para ser levado a uma usina de compostagem. O resultado é o reaproveitamento de 42% de tudo que é produzido, além da criação de um adubo atóxico que pode ser usado em pomares e na agricultura de modo geral. Outra iniciativa do Hospital é o lançamento do inventário sobre emissões de CO2.

Segundo Lauro Miquelin, diretor de desenvolvimento, tecnologias e obras da L+M Gets, empresa de gestão de espaços para o setor de saúde, o uso racional dos recursos do planeta exige a adoção de estratégias em toda a fase de um projeto, desde a execução das obras até o operacional. “Os projetistas precisam estar, cada vez mais, alinhados com critérios que incluem utilização de ventilação e iluminação com recursos naturais; uso inteligente do vidro e elementos sombreadores para evitar ganhos térmicos que aumentem gastos com ar condicionado; sistemas construtivos racionais que gerem pouco entulho; entre muitos outros fatores que otimizem tempo, desperdício de material e produção de insumos”.

O primeiro projeto de redução de consumo de energia desenvolvido pela L+M Gets foi em 1987 para o edifício ambulatorial do Hospital Edmundo Vasconcelos. Entre as medidas, foram implantados elementos arquitetônicos que sombreiam fachadas (Brise Soleil); utilizados vidros com características de reflexão que reduzem ganhos térmicos; foram instaladas luminárias e lâmpadas com maior qualidade de iluminação e menor consumo de energia; sensores de presença para luzes e ar condicionado; e outras ações de melhor aproveitamento da iluminação natural. O resultado, após dois anos de implantação, foi a economia de 22% do que era gasto anteriormente. A ação também foi implementada no edifício de internação e UTI da Beneficência Portuguesa de São José do Rio Preto, interior de São Paulo. Após um ano, a redução foi de 32%.

HOSPITALAR

A preocupação do Grupo Couromoda/ Hospitalar é sempre estimular os expositores a realizarem os quatro Rs: reduzir, reutilizar, reciclar e repensar. A empresa adota medidas para destinar corretamente tudo que é produzido durante seus eventos para que vire novamente matéria-prima, diminuindo assim o volume do que é direcionado aos aterros sanitários. Na edição 2011 da HOSPITALAR, foram produzidos mais de 90 mil quilos de lixo, sendo que cerca de 35 mil foram reciclados. Entre os itens gerados estavam papelão, plástico, bagum (plástico com reforço em malha de poliéster), carpete, plástico duro/ acrílico, ferro, vidro, latas de alumínio, fio e óleo.

Fonte:
http://www.hospitalar.com/index.php

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